Depoimentos de educadores que aplicaram estratégias neuroeducativas

A formação de professores em neuroeducação tem transformado a maneira como educadores compreendem e aplicam estratégias de ensino. Mais do que técnicas isoladas, a neuroeducação busca entender como o cérebro aprende, processa informações e reage a estímulos, trazendo resultados mais efetivos na aprendizagem.

Neste artigo, reunimos depoimentos de educadores que aplicaram estratégias neuroeducativas em suas salas de aula. 

Seus relatos de neuroeducação mostram experiências reais, desafios enfrentados e soluções encontradas, revelando como o conhecimento sobre o funcionamento cerebral pode impactar positivamente o desempenho e a motivação dos alunos.

Explorar essas histórias é essencial para quem deseja aprofundar-se em práticas pedagógicas inovadoras, compreender a importância de alinhar teoria e prática na educação contemporânea e saber mais sobre a formação de professores em neuroeducação.

Relatos de neuroeducação: o que diz quem já utilizou as estratégias dessa área?

Confira dois relatos em neuroeducação de profissionais que vivenciaram ou que contribuem e são parte de um espaço em que são usadas estratégias neuroeducativas. 

Andréa Schoch, Mestre em educação, especializada em formação de professores e consultora Appai (Associação Beneficente dos Professores Públicos Ativos e Inativos do Estado do Rio de Janeiro, conta sobre uma estratégia de neuroeducação utilizada na alfabetização. 

Ela conta um caso do qual se lembra, lá no início dos anos 90 (para você ver que a neuroeducação não é uma abordagem recente), uma professora de uma turma de alfabetização usou um tema de que os alunos gostavam.

Na verdade ela iniciou com um tema, mas percebeu que a febre na época (e era só no que os alunos falavam) era o anime “Cavaleiros do Zodíaco”. Então ela deixou de lado o planejamento que havia feito e iniciou o processo de alfabetização tendo como pano de fundo a história dos personagens do desenho animado.

Segundo Andréa, a professora tornou “[…]o trabalho bem abrangente, a professora, além de trazer os personagens para a sala de aula, propôs uma pesquisa sobre a origem de cada um deles, a cultura na qual a história estava inserida e como cada aluno se identificava com os personagens, num verdadeiro show de significados, cores e imagens”.

Carina Sales, neuroeducadora, percebeu avanços da Neurociência atrelada ao ensino, na escola na qual é gestora. Segundo ela,  “O neuroeducador vai conseguir compreender a relação de determinadas áreas do cérebro humano com o processo de aprendizagem. Ele deixa de ver o aluno apenas como sujeito que memoriza, e passa a percebê-lo como um indivíduo epistêmico. Ou seja, que aprende. O neuroeducador passa a enxergar o aluno como alguém que reflete sobre o que aprende, que é a chamada metacognição.”

Ela ainda aponta que o segredo é o trabalho em equipe, pois nenhum professor sozinho “faz mágica”, já que vários profissionais juntos compreendem e dão o encaminhamento correto. Desde então, a escola parou de centrar no método e deu protagonismo aos alunos, observando seu potencial e fazendo o gerenciamento de suas limitações. 

A neuroeducação no ensino médio

É importante salientar que as estratégias neuroeducativas não são aplicáveis apenas às crianças na educação infantil ou nos anos iniciais. Elas também desempenham um papel fundamental no ensino médio, etapa marcada por intensas transformações cognitivas, emocionais e sociais.

Nesse período, os estudantes vivenciam mudanças hormonais, desafios acadêmicos e pressões relacionadas à escolha de carreira. A neuroeducação oferece ferramentas valiosas para compreender como esses fatores impactam a aprendizagem e como o professor pode criar metodologias mais eficazes, capazes de estimular a atenção, a memória e a motivação.

Reconhecendo essa necessidade, o Instituto INE disponibiliza a pós-graduação em Educação Comportamental e Neurociência Aplicada ao Ensino Médio, que capacita profissionais para aplicar os princípios da neurociência de forma prática e contextualizada.

Exemplos de estratégias neuroeducativas

A aplicação da neuroeducação no ensino médio traz benefícios tanto para o desempenho acadêmico quanto para o desenvolvimento socioemocional dos alunos. 

Algumas estratégias que podem ser adotadas são:

  • uso de estímulos multissensoriais : integrar recursos visuais, auditivos e cinestésicos (como mapas mentais, músicas e atividades práticas) para potencializar a memorização e a compreensão de conteúdos;
  • intervalos ativos: realizar pequenas pausas durante a aula para alongamentos, dinâmicas rápidas ou exercícios de respiração, favorecendo a atenção e reduzindo a sobrecarga mental;
  • aprendizagem baseada em projetos: estimular os alunos a resolver problemas reais ou criar projetos interdisciplinares, conectando o conteúdo escolar com situações do cotidiano;
  • gamificação do ensino: inserir elementos de jogos, como desafios, pontuações e recompensas, para tornar o processo de aprendizagem mais envolvente e motivador;
  • práticas de autorregulação emocional: ensinar técnicas simples de mindfulness, respiração e autocontrole, ajudando os adolescentes a lidarem com ansiedade, estresse e pressão escolar; 
  • feedback imediato e construtivo: oferecer retorno claro e rápido sobre o desempenho dos estudantes, reforçando conquistas e apontando melhorias de forma positiva.

Essas estratégias, quando aplicadas de maneira planejada, permitem que os professores utilizem os avanços da neurociência para criar um ambiente de aprendizagem mais inclusivo, estimulante e alinhado às necessidades do adolescente.

Formação de professores em neuroeducação e o papel do Instituto INE 

A formação de professores em neuroeducação dialoga com áreas como pedagogia, psicologia e neurociência. Nessa aquisição de conhecimentos, o aluno vai compreender, de forma aprofundada, como o cérebro aprende e a influência dos fatores cognitivos, sociais e emocionais no processo educativo. 

No Instituto INE, isso se materializa na pós-graduação em Educação Comportamental e Neurociência Aplicada ao Ensino Médio, que ajuda o professor ensinando como aplicar técnicas baseadas em evidências científicas, desenvolvendo práticas pedagógicas mais eficazes, inclusivas e personalizadas.

A formação continuada promovida pelo INE possibilita ao educador:

  • compreender os mecanismos cognitivos e emocionais envolvidos na aprendizagem;
  • aplicar metodologias neuroeducativas adaptadas às diferentes faixas etárias, incluindo adolescentes do ensino médio;
  • estimular habilidades socioemocionais e comportamentais, fundamentais para a vida acadêmica e pessoal dos estudantes;
  • tornar-se um agente de transformação, capaz de promover ambientes escolares mais acolhedores e inovadores.

Assim, ao investir em especializações como a oferecida pelo Instituto INE, os professores ampliam suas competências, fortalecem sua atuação profissional e contribuem para uma educação de maior qualidade, alinhada às necessidades do século 21 e ao novo perfil de aluno. 

Quer saber mais? Visite a página de nossa pós-graduação em Educação Comportamental e Neurociência Aplicada ao Ensino Médio! Aproveite e faça sua inscrição!

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