Legado africano no Brasil: Instituto INE dá dicas de como se preparar para ensinar sobre o tema

Embora o legado africano no Brasil seja resultado de uma história de escravidão e sofrimento do povo africano, ele nos dá um belo exemplo de força, lutas e resistência. Muito mais do que isso: desse legado surgiram as tradições afro-brasileiras, que forjaram uma sociedade muito mais rica sob vários aspectos. 

E hoje, esse tema é parte obrigatória nos currículos escolares, o que traz aos professores desafios, mas também ótimas oportunidades de envolver seus alunos em uma história rica e diversa. 

Ensinar sobre o legado africano no Brasil é, acima de tudo, um privilégio, pois transmite às novas gerações a valorização da identidade afro-brasileira e, sobretudo, combate ao racismo, discriminação e preconceito.

O Instituto INE está junto nessa jornada, com dicas de como você, educador, pode se preparar para ensinar sobre esse legado, seja por meio da pós-graduação em História e Cultura Afro-brasileira seja com dicas práticas para suas aulas. Confira!

Impacto do ensino sobre o legado africano no Brasil

Ensinar sobre o legado africano no Brasil é trazer às nossas crianças e jovens o debate sobre temas importantes para sua formação como indivíduo e cidadão. Cabe aos educadores: 

  • promover a reflexão sobre a discriminação racial;
  • ensinar sobre a valorização da diversidade étnica;
  • estimular comportamentos e valores de solidariedade e respeito.

Dessa forma, cada educador faz a sua parte em inserir uma mentalidade que tem o objetivo de erradicar o preconceito e fazer despertar o respeito a todo ser humano, seja qual for sua cor ou classe social.

É fácil? Não! Embora a Lei 10.639/03 determine a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro-brasileira, ainda há certa dificuldade, como pouco material voltado ao tema, despreparo e desconhecimento de professores, entre outros motivos. 

Uma forma de melhorar esse cenário e reforçar os impactos positivos em nossos alunos é ter mais professores especializados no tema. Por isso, reforçamos os benefícios de pós-graduação em História e Cultura Afro-brasileira e em tudo que isso representa na carreira de um professor e em sua contribuição na educação.

Explorando as tradições afro-brasileiras na sala de aula 

Dada a missão de explorar tradições afro-brasileiras e ensinar sobre o legado africano no Brasil, é hora de ter algumas ideias de como fazer isso. Temos algumas dicas para compartilhar.

Ferramentas e estratégias para ensinar sobre o legado africano

Veja a seguir algumas sugestões que podem ser úteis para o trabalho em sala de aula.

1. Não deixe que o assunto se torne maçante

O primeiro passo, embora seja óbvio, nem sempre é levado em conta. Temos um novo perfil de aluno — bastante desafiador. 

Vale lembrar que a partir deste ano (2025) terá um fator positivo a favor: a regulamentação do uso de celular na escola, pela Lei 15.100/2025. Dessa forma, o aluno ficará com sua atenção mais voltada ao professor, sem distrações. Com isso, se abre a oportunidade de criar aulas com outras tecnologias, como televisão, pesquisas em laboratórios de informática etc.

2. Trabalhe temas que despertem a curiosidade

Para prender a atenção desse aluno, o professor tem que ser criativo e pensar em formas de instigar seu interesse e curiosidade.

Uma forma de fazer isso é:

  • planejar o trabalho com nomes importantes de personalidades negras no Brasil e no mundo: inserir nomes como:
    • Zumbi dos Palmares e o que aconteceu com ele; 
    • Martin Luther King Jr.e seu famoso discurso “I have a dream”;
    • Rosa Parks e sua desobediência que deu força ao movimento negro nos EUA; entre outros.
  • abordar histórias afro-brasileiras interessantes, por meio de literaturas disponíveis: há vários livros com lendas e outros tipos de histórias que podem ser abordados e render muito assunto em sala;
  • inserir figuras do imaginário popular, como o saci, a negrinho do pastoreio, a escrava Anastácia, e discutir sobre suas histórias e o que significam ou como eles interpretam; 
  • abordar temas como as Leis Jim Crow, que determinavam sobre a segregação racial nos EUA e questionar sobre a segregação no Brasil.

3. Promover a interdisciplinaridade

Temas sobre o legado africano no Brasil e as tradições afro-brasileiras não precisam ser tratados apenas em História. 

Veja só:

  • em Português pode ser trabalhado o vocabulário afro-brasileiro;
  • em Geografia, as regiões de onde são figuras importantes, lendas, comidas, danças, e na Geografia mundial, podem ser trabalhadas as referências aos lugares dos Estados Unidos, citados no discurso de Martin Luther King Jr (e se fôssemos substituir por lugares no Brasil, como ficaria):
    • Então que a liberdade ressoe dos prodigiosos picos de New Hampshire.
    • Que a liberdade ecoe das majestosas montanhas de Nova York!
    • Que a liberdade ecoe dos elevados Alleghenies da Pensilvânia!
    • Que a liberdade ecoe das nevadas Rochosas do Colorado!
    • Que a liberdade ecoe das suaves encostas da Califórnia!
    • Mas não só isso –que a liberdade ecoe da Montanha de Pedra da Geórgia!
    • Que a liberdade ecoe da Montanha Sentinela do Tennessee!
  • em Inglês pode ser trabalhados temas como:
    • a tradução desse discurso (I have a dream);
    • palavras relacionadas ao tema como apartheid (explicar que não é do inglês, ao contrário do que se pensa); colored (termo usado em banheiros para negros); palavras que não devem ser utilizadas e as que devem ser usadas no combate ao racismo, por exemplo;
    • músicas como Redempetion Song (Bob Marley); Black or White (Michael Jackson), Say It Loud – I’m Black and I’m Proud (James Brown), entre muitas outras;
  • em Literatura, a interpretação de livros e músicas, como Mama África (Chico César); Quilombo, o Eldorado Negro (Gilberto Gil) etc. 

Nota: sempre que trabalhar temas que não sejam relacionados a temas brasileiros, fazer uma comparação ou instigar o aluno a buscar como é ou como seria no Brasil.

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