Planejamento AEE de acordo com a BNCC: conheça as metodologias de atendimento educacional especializado

Há como fazer um planejamento AEE de acordo com a BNCC? Essa pode ser uma dúvida bastante comum a professores da educação básica. 

Por isso é preciso esclarecê-la. A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) prevê metodologias para o AEE (Atendimento Educacional Especializado) por meio das suas diretrizes para inclusão escolar. 

Esse direcionamento é dado a partir das competências gerais da BNCC, com o propósito de “Contribuir para a construção de uma sociedade mais ética, democrática, responsável, inclusiva, sustentável e solidária, que respeite e promova a diversidade e os direitos humanos, sem preconceitos de qualquer natureza.”

Então é sobre isso que vamos falar, assim como sobre o plano de aula para Educação Especial AEE, os principais eixos do Atendimento Educacional Especializado e o papel do professor de AEE. 

Acompanhe!

Planejamento AEE de acordo com a BNCC: atendendo às necessidades educacionais especiais

Como dissemos, o planejamento AEE de acordo com a BNCC será feito de acordo com as necessidades do público-alvo, que contempla:

  • Cegueira e baixa visão;
  • Surdez e deficiência auditiva;
  • Déficit intelectual ou atraso cognitivo;
  • Autismo;
  • Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH);
  • Dislexia;
  • Altas habilidades/superdotação;
  • Deficiência física neuromotora;
  • Lentidão na aprendizagem.

Para isso, as escolas devem oferecer o Atendimento Educacional Especializado (AEE) como apoio à sala de aula comum e o mais importante: profissionais especializados em AEE para atender às demandas da educação inclusiva. 

O Atendimento Educacional Especializado tem que constar no Projeto Político Pedagógico (PPP) das escolas, seguindo o artigo 10º da Resolução CNE/CEB 4/2009, que estabelece que as seguintes orientações em sua organização:

Em resumo, para ter um planejamento AEE de acordo com a BNCC, basta que a construção do currículo esteja alinhado com a Base, considerando as demandas dos públicos-alvos que citamos anteriormente. 

É importante salientar que a BNCC, em qualquer sentido, não define as ações de um currículo para o PPP, ela apenas orienta sobre o conjunto de habilidades e competências que os alunos devem desenvolver em cada série. Quem define de que forma isso acontecerá é o currículo escolar. 

Plano de aula para Educação Especial AEE: 10 recursos e estratégias úteis

Tecnologias assistivas: esse é o nome dado ao arsenal de recursos tecnológicos de áreas interdisciplinares que engloba metodologias, estratégias, serviços e práticas que promovem a inclusão de alunos com deficiência, mobilidade reduzida ou algum tipo de incapacidade. 

As tecnologias assistivas podem ser softwares, materiais didáticos ou serviços, e são essenciais para a elaboração do plano de aula para Educação Especial AEE. Veja 10 exemplos:

1. Livros em Braille

Livros escritos em Braille são essenciais para estudantes com deficiência visual. Eles permitem que esses alunos leiam e acessem informações de forma tátil para ler o sistema de escrita em relevo.

2. Adaptadores ergonômicos

Esses dispositivos auxiliam alunos com dificuldades motoras a manusear lápis, canetas e outros instrumentos de escrita de forma mais confortável e precisa. Eles oferecem uma aderência mais firme e adaptada às necessidades do estudante.

3. Cadeiras e mesas adaptadas

Móveis adaptados são projetados ergonomicamente para acomodar alunos com deficiências físicas, proporcionando conforto e acessibilidade durante as atividades escolares. Eles podem ter recursos como ajuste de altura, apoios para os braços e para os pés, e encostos ajustáveis.

4. Lupa de aumento

Essa tecnologia óptica é utilizada por estudantes com baixa visão para ampliar textos impressos. A lupa de aumento permite que eles leiam com maior clareza e facilidade, tornando o conteúdo mais acessível.

5. Interpretação em Libras

Para alunos com deficiência auditiva, a presença de intérpretes de língua de sinais é fundamental. Esses profissionais traduzem o conteúdo falado em sala de aula para a língua de sinais, permitindo que os alunos acompanhem as aulas e se envolvam plenamente na educação.

6. Leitor de tela

O leitor de tela é um software que converte texto em áudio, permitindo que pessoas com deficiência visual possam acessar informações escritas. Ele lê em voz alta o conteúdo exibido na tela do computador, tablet ou smartphone.

7. Softwares de reconhecimento de voz

Essas ferramentas permitem que pessoas com deficiências motoras, como dificuldades de movimentação das mãos ou membros superiores, possam usar a voz para controlar o computador, realizar pesquisas na internet, digitar e executar outras tarefas.

8. Teclado adaptado

São teclados projetados para facilitar a digitação para pessoas com dificuldades motoras ou limitações físicas. Eles podem ter teclas maiores, espaçadas de forma diferente ou serem acionados por outros métodos, como toques leves ou movimentos específicos.

9. Softwares de comunicação alternativa e aumentativa

Essas ferramentas ajudam pessoas com dificuldades de fala ou comunicação a se expressarem. Podem ser aplicativos de comunicação com símbolos ou imagens que representam palavras e frases, ou programas que usam texto e voz para traduzir a entrada escrita em comunicação verbal.

10. Tablets e dispositivos com tela sensível ao toque

Esses dispositivos oferecem uma interface intuitiva e acessível para alunos com deficiências motoras, permitindo que eles toquem ou deslizem os dedos na tela para interagir com aplicativos educacionais, leituras digitais, jogos e outras atividades.

Os principais eixos do AEE, suas funções e o papel do professor 

O Atendimento Educacional Especializado tem alguns eixos norteadores com o objetivo de:

  • mapear quais são as necessidades dos alunos;
  • elaborar um planejamento com embasamento no PPP da escola;
  • criar materiais adaptados e acessíveis;
  • obter as ferramentas necessárias, assim como materiais de apoio; 
  • orientar os professores do ensino regular e as famílias dos alunos;
  • promover e incentivar a formação continuada dos professores de AEE.

Esses eixos norteiam o professor de AEE, que também é responsável por fazer parcerias para obter ajuda nas necessidades de atendimento em conteúdos sobre os quais ele não tem domínio. 

Com esse  trabalho colaborativo, ele consegue compartilhar experiências e trocar conhecimentos, que servirão de informação para que ele elabore novas estratégias e recursos para potencializar a aprendizagem dos alunos que atende. 

Como pode ver, esse profissional é parte crucial do Atendimento Educacional Especializado, um agente de transformação e inclusão escolar e social. 

Por isso que sempre enfatizamos sobre a necessidade e importância da especialização nessa área. Uma pós-graduação em Atendimento Educacional Especializado – AEE, por exemplo, é a chave para quem pretende atuar no atendimento escolar voltado ao ensino visando a inclusão de pessoas com deficiência, distúrbios de aprendizagem, superdotação, entre outros. 

E então, o que achou sobre o tema de hoje? Comente e aproveite para conhecer outros conteúdos interessantes que temos em nosso blog!

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